quarta-feira, 21 de julho de 2010

eu sempre preferi palavras certas, frases prontas, atitudes esperadas. tenho mania de querer ter tudo sempre organizado e poder prever da maneira mais precisa o que está por vir. acho que é por que isso me faz sentir segura e me dá a impressão de que sei exatamente onde estou pisando (ou por alguma outra razão que minhas teorias ainda não alcançaram).
na maioria das vezes não funciona dessa forma e contraditoriamente eu gosto. as surpresas vêm pra colocar para escanteio qualquer tipo de adivinhação que eu tenha feito. e em todas as últimas vezes que isso aconteceu, foi melhor do que poderia ser se eu conseguisse antecipar em pensamento cada passo dado a cada minuto que se passava.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

eu gosto do fato de pensar agora em ciclos menores. mais uma coisa que aprendi na faculdade. intervalos semestrais para colocar a bagunça toda em ordem. menos intervalo de tempo para repensar, refazer, remodelar, recomeçar. não que não possa ser feito a qualquer instante, mas normalmente deixamos pra tudo isso pra algum marco certo (geralmente próximo ao ano novo). tenho a memória fraca demais pra lembrar de um ano inteiro de fatos da minha vida. acredito que seria vantajoso se ainda tivesse a mania dos meus 12, 13 anos, de escrever em agendas como se fosse diário. pelo menos teria onde consultar e não deixaria cair no esquecimento tanto as coisas mais banais (e nem por isso menos boas) quanto as importantes. não tenho mais saco pra isso. então acabo procurando soluções pra poder fazer um balanço melhor. do que ainda é válido, do que já não me faz mais bem, essas coisas, pra então poder começar a praticar o tão falado desapego. que por sinal, virou um baita facilitador em todos os sentidos da minha vida.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

noites como a de ontem me fazem ficar feliz por dias e dias. incrível como me sinto completa quando saio pra conversar com as gurias sem pressa, sem nenhuma multidão em volta pra tirar nossa atenção. juntas nós ficamos completas, nos despimos dos nossos pudores, somos o que somos, falamos o que pensamos. não existe nenhuma espécie de filtro. seja bom ou seja ruim, dizemos com a maior das facilidades. como se fossemos um 'outro eu' umas das outras. cantamos, falamos sem parar, dançamos, choramos de rir! algumas horas que são suficientes pra me fazer sorrir todas as vezes que lembro de algum detalhe perdido que passamos juntas. elas (entre algumas outras pessoas) são a minha escolha de amor. agradeço sempre!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

“A razão por que a despedida nos dói tanto é que nossas almas estão ligadas. Talvez sempre tenham sido e sempre serão. Talvez nós tenhamos vivido mil vidas antes desta e em cada uma delas nós nos encontramos."

as vezes minha saudade fica trinta vezes maior do que já é por natureza. eu falei trinta? infinitas vezes maior. dá vontade de gritar, chorar e dizer que vou ficar sentada sem mover uma palha até que essa situação se reverta, até que esse pesadelo gigante caia por terra e eu volte a poder ter sonhos, dias e coração inteiros. eu queria ficar de birra, fazer chantagem com o destino, com essa força que ninguém sabe de onde vem ou simplesmente com essa regra/condição humana totalmente insana. eu sempre digo que o que me faz não parar é isso. saber que não tem solução.