domingo, 2 de novembro de 2008

"Tudo é tão vago e intenso que às vezes sento no meio-fio do meu corpo. Olho para mim como se não tivesse feito nada. E não ardo em compaixão, muito menos orgulho, mas me lembro do esforço que fiz para chegar aqui e falar e de repente me calo. Assim como me calei outras vezes e em seguida falei o que deveria ter dito para ninguém ouvir, nem eu." Fabrício Carpinejar

Eu ando sem saber me expressar direito. É exatamente assim que me sinto: uma hora como se tivessem frases explodindo na minha garganta, mas não conseguem estabelecer uma ordem a ser compreendida por alguém e por isso se tornam incapazes de serem ditas; outrora, como se por um segundo eu pensasse ter atingido alguma simetria e as palavras fugissem da boca, mas logo após ficasse a sensação de ter falado demais, e, pra completar, a horrível certeza de que não me entendi e muito menos me fiz entender. Explicado (ou nem tanto) o silêncio de outubro e dos dias que ainda virão.

Ps.: Meus professores sempre reclamam dos meus parágrafos longos. Eu insisto neles. Nota mental: Preciso trabalhar isso.

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